A Intel pretende investir R$ 300 milhões no Brasil para financiar pesquisas na área de tecnologia da informação que tenham aplicações nos setores de educação, energia e transportes ao longo dos próximos cinco anos.
Os projetos de pesquisa serão escolhidos e financiados pela empresa. A contrapartida do governo virá por meio de bolsas de estudo concedidas a pesquisadores e estudantes, que participarão das iniciativas promovida pela Intel. A expectativa da empresa é mobilizar até 300 pesquisadores.
O foco dos projetos deverá ser o desenvolvimento de softwares. O desejo da empresa é que surjam programas educacionais, de visualização e simulação para a extração de petróleo na camada do pré-sal, de gestão de trânsito de passageiros de carga e de tecnologias para emplacamento eletrônico de carros, por exemplo.
É a terceira parceria com o setor privado para investimentos em tecnologia anunciados pelo governo no âmbito do programa TI Maior. Além da Intel, Microsoft e EMC também firmaram compromissos para financiar programas de inovação. No total, o compromisso de investimentos chega a R$ 650 milhões.
Maior fabricante de semicondutores do mundo, com receitas de mais de US$ 50 bilhões no mundo, a Intel tem presença em 120 países e está no Brasil há 25 anos.
Segundo o presidente da empresa para a América Latina, Steve Long, o plano de investimento começou a ser negociado há dois anos e a decisão foi motivada pelo bom momento econômico brasileiro.
“A economia segue estável, a política de popularização da banda larga é presente e há a adoção de computadores na sala de aula. Antes, demorava muito tempo para chegar a tecnologia aqui. Hoje, é algo simultâneo com os lançamentos mundiais”, disse Long.
Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, a ideia é que a Intel passe a desenvolver suas tecnologias no país em vez de importá-las.
“Foi isso que nós combinamos. A Intel já opera no mercado brasileiro. É isso que queremos apoiar”, disse o ministro. “Não interessa se a empresa é do Brasil, da China ou dos Estados Unidos. O importante é que o produto seja gerado no País”.
(Com informações da Folha de S. Paulo)